O “QUASE” ENTROU NA FRENTE DO AMOR

Ele era o tipo de cara que mesmo se você estivesse em uma sala lotada, não tinha como não vê-lo. Apesar de ser extremamente discreto, aquela combinação mortal de cachos marrons com olhos topázios e um sorriso ofuscante, faziam com que quem o visse simplesmente soltasse um suspiro.

Todo mundo já cruzou com alguém assim, e perdeu a cabeça imaginando como seria se aqueles olhos te vissem. 

O meu, fazia física comigo. Ria baixinho, usava um relógio básico analógico de couro marrom no pulso e sempre estava com o uniforme formal com a gravata muito bem centrada e passada.

E eu cheguei tão perto, mas tão perto de sentir o olhar dele sobre mim que já me via me perguntando como seria se aqueles olhos não me vissem, mas se apaixonassem pelos meus.

Fiz de tudo que estava no meu alcance, até me afoguei naqueles olhos e no dia seguinte, vi que ele tinha se perdido em outros que não eram os meus.

Tem amores que a gente demora para superar, mas os quase amores trazem um calor diferente no peito. 

E o “quase” é o culpado. 

quase que ele me viu, quase que fomos algo, quase nos beijamos, quase nos amamos, quase que ele esperou um pouco mais, ela quase acreditou, ele quase me amou. Quase formamos uma história. 

Talvez nós nascemos para amar um ao outro, mas o “quase” entrou na frente do amor e ficamos com o ponto de interrogação encravado no peito. Até o dia que o “quase” for embora, e o amor decidir ficar entre nós. 

Com todo o meu amor, 

como sempre, 

S. Ganeff

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